Thor: origem, poderes, culto, influência, morte

Thor era uma divindade da mitologia nórdica e reconhecido como o deus do trovão, das tempestades e da agricultura. Originário da cultura germânica, é reconhecido pelos historiadores como o deus mais popular entre os nórdicos da Era Viking. Filho de Odin, era tido como o mais poderoso do panteão nórdico.

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Thor

  • Thor era um deus da mitologia nórdica e o mais popular entre os nórdicos na Era Viking.

  • Era conhecido como o deus do trovão, das tempestades e da agricultura.

  • Seu culto era popular, e a ele eram feitos sacrifícios humanos, além de estatuetas construídas em sua homenagem.

  • Era conhecido como o mais forte entre os deuses nórdicos, e sua principal arma era o seu martelo Mjölnir.

  • No Ragnarök, ele lutaria contra Jörmungandr, a serpente gigante, matando-a, porém morreria pelo veneno dela.

Quem foi Thor?

Thor foi o deus mais popular da religiosidade dos nórdicos, povo que habitava o norte da Europa. O auge da adoração a esse deus se deu no período conhecido como Era Viking, que se estendeu de 793 a 1066. Thor era reconhecido como o deus do trovão, do céu, das tempestades e da agricultura.

Esse deus era tido pelos nórdicos como o protetor de Midgard, nome pelo qual eles se referiam à Terra, e também de Asgard, a morada dos deuses. Era também conhecido por ser um matador de gigantes e era filho de Odin, o deus tido como pai de todos. Sua mãe se chamava Jörd.

Thor era uma divindade nórdica que teve origem na cultura germânica e derivava do deus Donar, também conhecido como deus do trovão. O historiador Johnni Langer ainda aponta o fato de que ele era uma divindade presente em outras culturas:

  • Os celtas o conheciam como Taranis.

  • Na Rússia, era conhecido como Perunnos.

  • Os lapões o conheciam como Horagalles.

  • Na região báltica, era conhecido como Perkunos.|1|

Thor possuía três acessórios muito importantes que estavam com ele a todo momento: o seu martelo Mjölnir, que ele utilizava quando estava em batalha; o cinto Megingjörd, conhecido por dobrar a sua força; e as luvas de ferro chamadas Járnglófar, que ele usava para segurar o seu martelo. Sua grande força se manifestava por meio desses acessórios, e os nórdicos acreditavam que o som do trovão era resultado de Thor batendo o seu martelo.

… 😉

Ele também possuía uma carroça que era puxada por duas cabras, chamadas Tanngrísnir e Tanngnjóstr. Ele poderia matá-las para se alimentar, e elas renasceriam no outro dia. Essa menção a esses animais fez esse deus também ser conhecido como o senhor das cabras, e entende-se que o sacrifício delas pode ser uma referência aos sacrifícios humanos feitos em sua homenagem.|2|

Segundo relato de Edda em prosa, um dos registros escritos sobre a mitologia nórdica, Thor tinha seu reino sediado em Thrúdvangar, e seu salão era chamado de Bilskirnir, o qual tinha 540 quartos.|2|

Os mitos nórdicos relatavam que Thor era um deus impaciente e que se enfurecia com facilidade, e um desses mitos afirmava que ele era o deus mais poderoso de todos. A sua influência era tamanha que, nos locais de cultura anglo-saxã, a quinta-feira ficou conhecida como Dia de Thor. Assim, o termo thursday (quinta-feira), no inglês, é uma derivação de Thor’s Day (Dia de Thor).


  • Videoaula sobre os vikings

Como era o culto a Thor?

Como mencionado, Thor era o deus mais popular entre os nórdicos, os quais, na Era Viking, eram conhecidos como povos viking. Os nórdicos costumavam associar Thor a fenômenos da natureza como as marés e os trovões, mas a importância dele na vida dos nórdicos ia muito além disso.

O martelo Mjölnir é o grande símbolo de Thor, e sua presença como pingente era comum entre os nórdicos.

Os nórdicos invocavam o nome de Thor para resolver problemas e para garantir proteção a si próprios. Os historiadores apontam o fato de que seu nome era invocado para selar negócios e matrimônios. Os nórdicos faziam preces a ele a fim de que houvesse boa colheita e pediam sua proteção nas viagens por mar.

O nome de Thor também era invocado em batalhas, e os historiadores sabem de inúmeras outras referências que as pessoas faziam a esse deus no dia a dia. Uma das maneiras mais comuns de adoração a Thor se dava pelo uso de pingentes com o formato do Mjölnir, o martelo que era o seu símbolo.

Como Thor morreu?

Thor ficou conhecido como o deus matador de gigantes, e existem vários mitos nórdicos que narravam as suas lutas com esses seres. Johnni Langer mencionou casos em que Thor lutou e derrotou gigantes na mitologia nórdica:

Ele [Thor] matou o poderoso gigante Hrungnir em um duelo; destruiu Thrym e todos os gigantes e suas famílias, após roubarem o seu martelo; assassinou o gigante que construiu a muralha de Asgard. Também impressiona a quantidade de gigantas mortas pelo herói de Asgard […].|4|

Apesar dessa fama de matador de gigantes, o embate mais famoso de Thor teria sido durante o Ragnarök, o mito que narrava o fim do Universo nórdico e o nascimento de um novo Universo. Esse evento catastrófico seria marcado por uma grande batalha final, que se encerraria com a morte de grande parte dos deuses nórdicos.

Durante o Ragnarök, Thor lutaria contra Jörmungandr, uma serpente gigante que circundaria todo o planeta com o seu comprimento. Essa serpente era filha de Loki com a giganta Angrboda e era entendida na religiosidade nórdica como uma portadora do caos.

Durante o Ragnarök, uma batalha final aconteceria na planície de Vígrid, e nela Thor e Jormungandr se encontrariam novamente (existia um mito nórdico que narrava uma tentativa de Thor de pescar a serpente). Durante a batalha, Thor mataria a serpente com seu martelo, porém cairia morto, vítima do veneno da cobra. Caso queira saber mais sobre o tema deste tópico, leia: Ragnarök.

Notas

|1| LANGER, Johnni. Thor. In.: LANGER, Johnni (org.) Dicionário de mitologia nórdica: símbolos, mitos e ritos. Hedra: São Paulo, 2015. p. 496.

|2| STURLUSON, Snorri. Edda em prosa: Gylfaginning e Skáldskaparmal. Editora Barbudânia, 2015. p. 58

|3| LANGER, Johnni. Thor. In.: LANGER, Johnni (org.) Dicionário de mitologia nórdica: símbolos, mitos e ritos. Hedra: São Paulo, 2015. p. 498.

|4| Idem, p. 497.

 

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem