Zoroastrismo, a religião dos antigos persas. Zoroastrismo

Caracterizado pelos ritos religiosos simples, o zoroastrismo ou mazdeísmo predominou como religião na região do Império Persa até a invasão e dominação pelos árabes muçulmanos, no século VII. Desenvolvido por Zaratustra (ou Zoroastro para os gregos), por volta do século VI a.C., a religião se tornou predominante no Império.

O zoroastrismo pregava a interpretação dualista do mundo, dividido entre as forças do bem e do mal. Os ensinamentos de Zaratustra afirmavam a existência de um deus supremo, que havia criado dois outros seres poderosos que dividiam sua própria natureza: Ormuzd (ou Ahura-Mazda, ou ainda Oromasdes, segundo os gregos) seria a fonte de todo o bem, enquanto Ariman (Arimanes) seria a origem do mal, depois que se rebelou.

Aos homens cabia cultuar Ormuzd, já que era ele o criador, o deus da luz e do reino espiritual. O culto a Ormuzd era necessário, já que Ariman havia criado uma série de feras, plantas e répteis venenosos. Os dois deuses viviam em constante conflito e a supremacia do bem necessitava do apoio a Ormuzd.

Esses conflitos entre o bem e o mal seriam constantes até o momento em que os adeptos de Ormuzd seriam vitoriosos, condenando Ariman e os que o seguiam às trevas eternas. Essa doutrina compreendia, dessa forma, uma espécie de vida após a morte, onde os justos encontrariam a recompensa em um paraíso, e os demais seriam castigados a viver em uma espécie de inferno.

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Esses ensinamentos estariam compilados no livro Zend-Avest (ou Avesta), que teria sido escrito por Zaratustra. Os ritos deveriam ocorrer em montanhas, onde deveriam ser realizados sacrifícios e a adoração ao sol e ao fogo. Essa adoração ao deus da luz seria conduzida por magos, os sacerdotes das cerimônias religiosas que conduziriam a entoação de hinos e a manutenção do fogo aceso, como representação do poder de Ormuzd.

Em virtude de seus conhecimentos em astrologia e encantamentos, o termo mago passou a ser orientado na definição a todos os mágicos e feiticeiros, perdendo na maioria dos casos a definição sacerdotal que havia na concepção do zoroastrismo.

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