Quimiossíntese é a síntese de compostos orgânicos usando a energia derivada de
reações envolvendo produtos químicos inorgânicos. Esta ocorre tipicamente na
ausência de luz solar, por parte de bactérias ou outros organismos vivos.
Alguns organismos, principalmente bactérias, produzem energia a fim de produzir compostos orgânicos via processo de oxidação chamado de quimiossíntese, que não necessita de luz e oxida substâncias inorgânicas.
A maioria da vida no planeta tem por base uma cadeia
alimentar sustentada pela luz solar, como é o caso das
plantas que obtêm alimento através da fotossíntese. No
entanto, no oceano profundo não existe luz e por isso
também não existem plantas. Em vez da luz solar ser a fonte
primária de energia, é a energia química produzida por um
processo chamado quimiossíntese. Lugares com organismos
quimiossintéticos, tais como fontes hidrotermais, podem
tornar-se incríveis oásis de vida no oceano profundo.
A quimiossíntese foi identificada pela primeira
vez em 1977 por grupo de cientistas que
realizava uma expedição científica perto das
ilhas Galápagos, ao largo da costa do Equador. O
grupo encontrou fontes quentes no oceano, que
expeliam uma “sopa” química de fluído quente.
À volta dessas fontes hidrotermais, apesar da
escuridão total e sem acesso à luz do sol, foi
encontrada uma comunidade de novas espécies
marinhas. Desde então, estas comunidades
marinhas foram registadas em centros de
expansão oceânica por todo o mundo.
Porque é que a quimiossíntese é importante?
Num mundo sem luz, sem acesso à energia do Sol, a quimiossíntese fornece a base para
o desenvolvimento de comunidades ricas e diversas. Bactérias quimiossintéticas do mar
profundo formam a base de uma teia alimentar que inclui uma variedade significativa
de vida marinha, incluindo camarões, vermes tubícolas, amêijoas, caranguejos, peixes e
polvos, por exemplo.
Tags:
Escola