A gagueira, também conhecida como disfemia, é considerada pelos estudiosos como uma síndrome ocasionada pela insuficiência linguoespeculativa e também considerada resultado da reação de luta interior do indivíduo que fala.
Segundo Van Riper (1982), quando uma pessoa começa a gaguejar ao pronunciar uma palavra, ocorre uma ruptura temporal da programação simultânea e sucessiva dos movimentos musculares necessários pra que se possa pronunciar tal palavra ou para emitir as sílabas de forma apropriada.
A gagueira é difícil de ser definida por existir diferentes visões, visto que as abordagens e as definições se diferenciam de um estudioso para outro.
Ao gaguejar, a pessoa pode realizar bloqueios clônicos e tônicos ou ambos concomitantemente.
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O bloqueio clônico é aquele que está presente durante toda a fala do indivíduo e é caracterizado por repetições de fonemas ou palavras. O bloqueio tônico aparece no início da fala do indivíduo, apresentando espasmos musculares que impedem a fala seqüencial.
Segundo Borel- Maisonny (1976), a gagueira é dividida em sete tipos diferentes:
• Gagueira familiar ou hereditária: é aquela em que há, de geração em geração, numa mesma família, pessoas gagas.
• Gagueira afásica: é a gagueira adquirida em conseqüência de lesão cerebral. Ocorre bastante na recuperação dos afásicos com diminuição de fluência.
• Gagueira dos bilíngües: é manifestada em crianças com grau linguoespeculativo baixo e que convivem em ambiente bilíngüe.
• Gagueira tônica do atraso de linguagem: ocorre quando a criança sai do estágio do atraso de linguagem, apresentando gagueira com acidentes tônicos.
• Gagueira esquizóide: é aquela apresentada dentro de um quadro pré-psicótico. A gagueira surge juntamente com a psicose.
• Gagueira oligofrênica: a oligofrenia causa uma insuficiência linguoespeculativa causando a gagueira.
• Gagueira mista: quando ocorre um ou mais tipos de gagueira num mesmo indivíduo.
Ressalta-se que a gagueira pode ser classificada por outros estudiosos como: fisiológica, primária e secundária.