Aranha-marrom é o nome dado a diferentes espécies de aranha pertencentes ao gênero Loxosceles. Trata-se de aranhas pequenas, com corpo marrom e que possuem um veneno poderoso, conhecido, principalmente, por seus efeitos necróticos. O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo.
Tópicos deste artigo
Resumo sobre aranha-marrom
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A aranha-marrom pertence ao gênero Loxosceles.
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É uma aranha pequena que apresenta corpo marrom e seis olhos.
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Não são aranhas agressivas e são mais ativas durante a noite.
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O veneno da aranha-marrom pode provocar lesões de pele necrotizantes.
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O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo, o qual pode se manifestar de forma cutânea ou cutâneo-visceral.
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A forma cutânea destaca-se como a menos grave.
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A forma cutâneo-visceral pode levar o paciente à morte.
Características da aranha-marrom
Aranhas-marrons são aranhas pertencentes ao gênero Loxosceles. Trata-se de aranhas encontradas em todo o território mundial e que são bastante relevantes para a saúde pública. Em todo o mundo, são conhecidas 134 espécies de aranhas-marrons, sendo 18 delas observadas no Brasil.
Essas aranhas são relativamente pequenas, podendo medir cerca de 1 a 3 centímetros de comprimento. Um fato curioso é que, diferentemente das demais aranhas, elas possuem apenas seis olhos, os quais estão dispostos em três pares.
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Apresentam corpo com coloração marrom, sendo possível observar variações em suas tonalidades, indo desde colorações mais claras até mais escuras. Na região do cefalotórax, é possível observar o desenho de um violino, o qual pode não ser perceptível a depender da tonalidade da aranha.
As aranhas-marrons têm grande capacidade de colonizar áreas urbanas, motivo pelo qual os acidentes ocorrem com certa frequência. São animais mais ativos durante a noite e são atraídos por regiões escuras e secas. Eles podem ser encontradas, por exemplo, em buracos de árvores, sob rochas, em fendas de barrancos e até mesmo em frestas de paredes e atrás de quadros e móveis. Suas teias não formam padrões regulares, parecendo-se com fios de algodão.
A picada da aranha-marrom é venenosa?
As aranhas-marrons são conhecidas como uma das aranhas mais perigosas do mundo, sendo responsáveis por acidentes graves em seres humanos e outros animais. Apesar disso, são consideradas aranhas pouco agressivas, estando a picada relacionada, geralmente, com momentos em que a aranha é pressionada contra o corpo da vítima. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma pessoa calça um sapato fechado onde a aranha se encontra ou se deitando sobre ela.
O veneno da aranha-marrom é potente e pode provocar necrose. O principal componente necrotizante desse veneno é a chamada esfingomielinase-D. Além de estar relacionada com a lesão necrótica, a esfingomielinase-D favorece a formação de trombos que podem provocar problemas na irrigação sanguínea.
A picada da aranha-marrom, em geral, causa pouca dor, e, por isso, raramente o paciente procura ajuda médica nas primeiras horas após o acidente. O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo e pode se manifestar de duas formas:
O loxoscelismo cutâneo destaca-se como a forma mais comum de envenenamento por aranha-marrom. Essa manifestação é também menos grave. O veneno da aranha pode provocar, após cerca de seis a oito horas da picada, sintomas como inchaço, queimação, coceira e vermelhidão. Com o passar do tempo, podem surgir bolhas no local. Posteriormente, surge uma necrose na região central da ferida, a qual desaparece e dá origem a uma lesão ulcerada, que se caracteriza por possuir difícil cicatrização. Infecções secundárias podem ocorrer como uma complicação desse quadro.
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Loxoscelismo cutâneo-visceral
O loxoscelismo cutâneo-visceral é uma manifestação mais grave, podendo até mesmo levar o paciente à morte. Entre os problemas que podem ocorrer nessa forma de envenenamento destacam-se a anemia, icterícia, insuficiência renal, coagulação intravascular, náusea, tontura e morte. Febres, convulsões, dores musculares, mudanças sensoriais e choque também podem ocorrer em pacientes com loxoscelismo cutâneo-visceral.
Tratamento dos acidentes com aranha-marrom