Falar sobre semântica significa, antes de tudo, falar sobre significante e significado. Mas, a propósito, tais elementos estabelecem relação com exatamente o quê?
Sabemos que nós, assim como muitos outros, pertencemos a um grupo social falante da língua portuguesa – nosso idioma oficial. Assim sendo, podemos afirmar que essa mesma língua se manifesta como um sistema de signos convencionais regidos por certas regras de organização, representadas pelos preceitos gramaticais.
Esse sistema de signos representa os elementos que utilizamos para nos comunicar, os quais se relacionam ao significante e ao significado, expressos anteriormente.
Ao falarmos a palavra “pedra”, de imediato temos uma imagem psíquica associada a algo que a materialize de forma concreta, ou seja, algo representado de forma gráfica – que no caso diz respeito às letras, fonemas e, posteriormente, às sílabas.
A palavra “pedra” está associada a um significante e a um significado:
= sf. 1. Matéria mineral dura e sólida, da natureza das rochas. 2. Fragmento dela. 3. Rocha, rochedo. 4, Lápide sepulcral. […]. Tais pressupostos nos remetem ao significado.
= também a: p/e/d/r/a – imagem sensorial, representada por meio de letras. Pressuposto este demarcado pelo significante.
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O que estuda a semântica?
São atribuições da semântica, portanto, o estudo da:
Bondoso = Caridoso
Bondoso x Maldoso
Emigrar x Imigrar
Acento x Assento
Hidrate bem suas mãos. (parte constitutiva do corpo humano)
Não abra mão de seus direitos. (abdicar de algo, desistir)
Fazendo referência a esse caso, há que se constatar que, dependendo do contexto, uma mesma palavra pode assumir distintos significados.
Admiro o voo dos pássaros. (sentido literal, retratado pelo dicionário) = denotação
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Mário Quintana (grifos nossos)
(sentido figurado, subjetivo) = conotação