A sustentabilidade do planeta é valorizada por cada gesto consciente da humanidade, como o uso de garrafas reutilizáveis em casa, na universidade, no escritório ou na escola.
No entanto, é essencial saber por quanto tempo você pode usar a mesma garrafa d’água sem lavar para evitar que ela se torne um foco de bactérias nocivas à saúde.
Com que frequência é aconselhável lavar a garrafa d’água?
Um estudo recente nos Estados Unidos revelou que as garrafas usadas por atletas e crianças para hidratação na escola podem acumular bactérias, transformando-se em potenciais reservatórios de microrganismos.
A pesquisa destacou que esses objetos podem ter até 40 mil vezes mais bactérias do que um vaso sanitário.
Especialistas em tratamento de água e membros da Water Quality Association identificaram a presença predominante de dois tipos de bactérias: bacilos e bacilos gram-negativos.
Os pesquisadores enfatizaram que bactérias gram-negativas, como E. Coli e Klebsiella, são capazes de provocar infecções graves, incluindo pneumonia.
Além disso, alertaram que certos bacilos podem ser responsáveis por distúrbios gastrointestinais, resultando em náuseas, vômitos e diarreia.
Desse modo, para prevenir a proliferação bacteriana, a recomendação é higienizar os recipientes diariamente com água quente e sabão.
Como o estudo foi realizado?
O estudo examinou as Unidades Formadoras de Colônias (UFC) em quatro tipos populares de garrafas de água. Em média, esses recipientes continham 20,8 milhões de UFC de bactérias gram-negativas.
O frasco com bico e tampa de rosca parecia abrigar a maior quantidade, com 30 milhões de UFC. Para comparação, um assento de vaso sanitário tem apenas 515 UFC.
Com uma contagem média de 20,8 milhões de UFC, as garrafas reutilizáveis podem abrigar até cinco vezes mais bactérias do que um mouse de computador (cinco milhões) e 14 vezes mais do que uma tigela para animais de estimação (média de 1,48 milhões).
Por este motivo, lavar as garrafas diariamente com água quente e sabão é importante, sobretudo se você estiver doente.
Pesquisas similares
Em um estudo anterior, publicado no Journal of Exercise Physiology, pesquisadores analisaram garrafas reutilizáveis de atletas e descobriram que 90% delas estariam contaminadas.
Para conduzir a investigação, foram examinados 60 garrafas shaker, sendo 30 novos e 30 reutilizados.
Os dados revelaram que os frascos novos não apresentavam qualquer tipo de contaminação bacteriana, enquanto, pelo contrário, 83% dos frascos reutilizados estavam contaminados.
Quanto aos tipos de bactérias encontradas: 27% dos casos continham Staphylococcus aureus, presente em 30% dos narizes de pessoas saudáveis; 17% continham Escherichia coli, normalmente presente no trato gastrointestinal sem causar problemas; e os demais casos incluíam Acinetobacter sp, Pseudomonas sp, Serratia sp e Proteus vulgaris.
Para prevenir esse tipo de infecção em garrafas de água normais, é fundamental não as utilizar quando estiverem danificadas e, principalmente, lavá-las após cada uso.
No caso da troca, ela pode ser feita a cada seis meses ou até quando o recipiente apresentar algum dano ou alteração física visível.
Dicas para evitar que sua garrafa d’água fique cheia de bactérias
- Escolha uma garrafa de qualidade e com boa durabilidade: há garrafas feitas de plásticos descartáveis (com maior porosidade) e outras feitas para serem reaproveitadas, geralmente de plástico, vidro e aço inoxidável. Quanto mais liso for o material, melhor será para armazenar líquidos;
- Higienização regular: independentemente do tipo de garrafa que você escolher usar, todas as garrafas reutilizáveis devem ser lavadas uma vez por dia ou após cada uso;
- Uso de produtos adequados: a lavagem deve ser feita com água quente e detergente. Também pode ser feita com pincéis ou esponjas especiais para mamadeiras e garrafas térmicas. Um método eficiente é encher o frasco com água morna e detergente, fechar e agitar bem, depois enxaguar completamente e reabastecer;
- Uso pessoal: por fim, lembre-se de que as garrafas são itens de uso pessoal e não devem ser compartilhadas.
Compartilhe esse artigo