Trabalhar o tema “meio ambiente” é aparentemente uma missão fácil, já que ele vem ganhando cada vez mais espaço em nosso dia a dia. No entanto, só faz sentido abordá-lo se houver a intenção de se criar a consciência de sua conservação em toda a comunidade escolar, numa proposta de educação que venha despertar desde as séries iniciais até as mais avançadas.
Trabalhar com projetos de aprendizagem abre na sala de aula um espaço para se desenvolver discussões mais amplas, pesquisas e experiências concretas, que podem chegar a uma mostra científico-cultural, favorecendo o aprendizado, dando a oportunidade de deixar a população ciente dos problemas e necessidades do mundo, de forma geral. Além disso, permite o intercâmbio entre as diferentes disciplinas que o estudante cursa.
Muito se tem falado de conservação do meio ambiente, mas não se criou ainda a consciência de que o planeta precisa urgentemente dos nossos cuidados.
As decisões acerca dos problemas estão caminhando de forma burocrática, ficando somente no papel, sem tomadas de decisões mais sérias, tanto por parte da população como por parte dos governantes. Para exemplificar, basta perguntar quantas escolas têm trabalhado, efetivamente, a discussão sobre o consumo consciente e os impactos que as atividades humanas vêm causando a todo o planeta. Outra questão: em quantas capitais brasileiras se faz a coleta seletiva do lixo? Esse processo é realmente efetivo, por exemplo, envolvendo catadores e cooperativas, dando-lhes condições dignas de trabalho?
É bom lembrar aqui o tempo que a natureza leva para extinguir alguns dos principais lixos que recebe. Papel, de três a seis meses; tecido, de seis meses a um ano; filtro de cigarro, cinco anos; chiclete, cinco anos; madeira pintada, treze anos; nylon, mais de trinta anos; plástico, mais de cem anos; metal, mais de cem anos; borracha, tempo indeterminado e vidro, um milhão de anos.
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