O lobby, na política, é, por definição, toda e qualquer prática exercida por pessoas ou empresas para influenciar os espaços decisórios do poder público, atuando tanto no Executivo quanto no Legislativo, sendo mais frequente nesse último setor mencionado. O conjunto de pessoas e instituições que procura influenciar as decisões públicas é chamado de grupo de pressão.
No Brasil, o conceito de lobby vem ganhando uma conotação negativa, sendo comumente relacionado com a corrupção, mas sua concepção original não prevê essa prática como algo ilícito, haja vista que qualquer cidadão pode conversar ou promover um debate com políticos eleitos para o atendimento de seus interesses.
A grande questão em torno dessa discussão está no fato de que, em alguns casos, lobistas (assim chamado o “agente” responsável por facilitar ou operacionalizar as práticas de lobby) fornecem propina ou suborno, atuando ilicitamente ou sem o conhecimento público a fim de atender a interesses específicos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a prática do lobby é regulamentada. Há, inclusive, o registro do cargo de lobista, que seria aquele profissional especializado e contratado por empresas, sindicatos ou até pessoas físicas para mediar o lobby. O mérito dessa função seria o fato de o lobista conhecer melhor as articulações e o funcionamento do meio político e público para, assim, direcionar melhor as demandas dos grupos de pressão.
Para além dessa discussão, existem, sob o ponto de vista ético, algumas limitações para o lobby. A primeira é quando essa prática diz respeito a interesses particulares em detrimento da preservação do patrimônio público, social ou ambiental, como a realização de um jogo de influências para permitir que uma determinada área seja desmatada para a demarcação de terras.