Para realizar todas a funções de que uma célula eucarionte necessita, existem organelas específicas: os lisossomos. Eles são de extrema importância para a digestão intracelular e estão relacionados com as funções heterofágica e autofágica. São organelas membranosas na forma de vesículas que contêm grande quantidade de enzimas digestivas.
Os lisossomos são organelas celulares que possuem a capacidade de degradar partículas e estão presentes em células eucarióticas. Eles são sacos membranosos que contêm enzimas que atuam na degradação de moléculas como proteínas, fosfolipídios e ácidos nucleicos.
Os lisossomos têm diversas funções, como:
Reciclagem: Reciclam componentes celulares envelhecidos
Defesa: Defendem a célula contra agentes externos
Autofagia: Participam do processo de autofagia, que é a reciclagem de organelas e citoplasma
Crinofagia: Participam do processo de crinofagia, que é a regulagem e reciclagem de substâncias sintetizadas pela própria célula
Os lisossomos podem ser primários ou secundários. Os lisossomos primários são aqueles que contêm apenas enzimas no seu interior. Os lisossomos secundários são formados pela associação de um lisossomo primário com um endossomo tardio ou outro vacúolo para digestão.
Os lisossomos podem se romper no interior da célula, liberando enzimas que destroem a célula, em um processo chamado autólise.
Lisossomos são organelas celulares envoltas por membranas que estão presentes nas células eucarióticas. Essas organelas caracterizam-se por serem sacos membranosos repletos de enzimas, as quais agem degradando diferentes moléculas, como proteínas e fosfolipídios.
Essas estruturas estão relacionadas com o processo de digestão intracelular, sendo capazes de garantir a digestão de materiais capturados no meio externo e de estruturas obsoletas da própria célula.
O que são lisossomos?
Lisossomos são organelas celulares que se apresentam como pequenos sacos ricos em enzimas digestórias. Essas organelas são, em geral, de formato esférico e apresentam um diâmetro de 0,05 µm a 0,5 µm. Os lisossomos apresentam cerca de 40 tipos distintos de enzimas, tais como as que degradam ácidos nucleicos, fosfolipídios e proteínas.
Essas enzimas são otimamente ativas em pH ácido. Os lisossomos são envolvidos por uma membrana única que garante que as enzimas digestórias presentes na organela não entrem em contato com o citosol (a parte do citoplasma localizada entre as organelas). O pH do citosol é de aproximadamente 7,2 e é considerado uma forma de defesa caso enzimas escapem dessa organela, uma vez que se tornam pouco ativas em pH neutro.
A membrana lisossômica, além de evitar a passagem de enzimas, apresenta transportadores que garantem que os produtos finais da digestão de macromoléculas sejam transportados para o citosol, onde poderão ser utilizados pela própria célula ou ser lançados para fora dela. A membrana apresenta, ainda, uma bomba de H+ que o projeta para dentro do lisossomo, assegurando, desse modo, que o pH no interior da organela permaneça ácido.
As enzimas digestórias e as membranas lisossomais são sintetizadas pelo retículo endoplasmático rugoso e transferidas para o complexo de Golgi para processamento. Alguns lisossomos surgem por brotamento a partir da face trans do complexo golgiense.
Lisossomos primários
As vesículas formadas a partir do complexo golgiense constituem os chamados lisossomos primários. Esses lisossomos se caracterizam por não terem ainda participado do processo de digestão intracelular e conterem apenas enzimas em seu interior.
Lisossomos secundários
A partir do momento que os lisossomos primários se fundem com vesículas para dar início ao processo de digestão, passam a ser chamados de lisossomos secundários.
Função dos lisossomos
Os lisossomos participam do processo de digestão intracelular.
Os lisossomos são organelas responsáveis pela digestão intracelular, promovendo a degradação de várias partículas extracelulares e moléculas ingeridas pelas células. As células eucarióticas são capazes de capturar partículas, moléculas e líquidos através da endocitose, um processo em que o material a ser ingerido é englobado por uma porção de membrana plasmática, dando origem a uma pequena vesícula no interior da célula.
Podemos classificar a endocitose em dois tipos: a pinocitose e a fagocitose. A pinocitose está relacionada à ingestão de líquido e moléculas por pequenas vesículas, enquanto a fagocitose relaciona-se à ingestão de partículas maiores, como micro-organismos.
Na fagocitose, as partículas grandes capturadas pela célula permanecem em vesículas chamadas de fagossomos. Os fagossomos se fundem com os lisossomos, os quais realizarão a digestão.
No caso de líquidos extracelulares e moléculas capturadas por vesículas menores, o conteúdo dessas vesículas são entregues aos lisossomos por meio de estruturas chamadas de endossomos. Os endossomos possuem como função principal a distribuição de materiais que foram endocitados.
A autofagia promove a renovação contínua da célula.
Além de garantir a digestão das partículas e moléculas capturadas do meio externo pela célula, os lisossomos são capazes de realizar autofagia. A autofagia nada mais é do que a degradação de partes da própria célula que não serão mais utilizadas.
Para que esse processo ocorra, a célula envolve a organela com membrana, formando o autofagossomo. Este então se funde com os lisossomos, e a digestão intracelular acontece. Após a digestão, os compostos são liberados para o citosol para reutilização pela célula.
Onde os lisossomos são encontrados?
Os lisossomos são organelas observadas no citosol de células eucarióticas. É importante considerar que:
Muitos autores afirmam que os lisossomos são encontrados exclusivamente em células animais.
Outros autores consideram, no entanto, que lisossomos podem estar presentes tanto em células animais quanto em células vegetais.
De maneira geral, costuma-se considerar que se trata de uma estrutura exclusiva da célula animal.
Doença de Tay-Sachs e a relação com lisossomos
A doença de Tay-Sachs é um problema genético raro que ocorre como consequência da insuficiência de uma enzima hidrolítica presente em lisossomos. Essa enzima, hexosaminidase, é responsável pela decomposição de glicolipídeos, um tipo de lipídio. Sem sua degradação, eles se acumulam no cérebro, interferindo em diferentes processos importantes para a vida do indivíduo, como a coordenação motora, a respiração e a visão.
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