As regras da Língua Portuguesa a respeito do uso do hífen podem deixar muitos concurseiros em dúvida na hora de escrever determinadas expressões. Por exemplo, você perguntou se a maneira correta de escrever é “mão de obra” ou “mão-de-obra”?
Ficou sem saber ao certo? Relaxe. Elaboramos este artigo que vai te mostrar se a grafia certa é “mão de obra” ou “mão-de-obra”, de uma forma bem simples. Então, se você quer saber a resposta e aprender mais sobre o uso do hífen, continue lendo até o fim.
O correto é escrever “mão de obra” ou “mão-de-obra”?
Primeiramente, é importante entender o que significa essa expressão do nosso idioma. Esse termo é usado para se referir ao trabalho manual ou ao conjunto de trabalhadores empregados na realização de uma atividade específica.
De acordo com a norma culta da Língua Portuguesa, a forma correta de escrever é “mão de obra”, sem hífen. Essa regra foi reforçada pelo Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em 2009.
O acordo trouxe várias mudanças na ortografia do português, incluindo o uso do hífen. O termo “mão-de-obra” (com hífen) está errado e não deve ser escrito em textos formais.
Entendendo o uso do hífen
Para o concurseiro entender por que não usamos o hífen em “mão de obra”, vamos dar uma olhada nas regras gerais do uso desse sinal gráfico:
- Palavras compostas: o hífen é usado em algumas palavras compostas. Palavras compostas são aquelas formadas por duas ou mais palavras que juntas têm um novo significado. Exemplos: beira-mar e guarda-chuva;
- Prefixos: o hífen é usado quando um prefixo termina com a mesma letra que a palavra seguinte começa, ou quando a palavra seguinte começa com “h”. Exemplos: micro-ondas e anti-higiênico;
- Substantivos e adjetivos: quando as palavras formam uma única ideia, muitas vezes usamos o hífen. Exemplos: bem-te-vi e água-de-colônia.
Por que “mão de obra” não tem hífen?
Apesar de “mão de obra” ser uma expressão composta, ela é formada por três palavras que, juntas, mantêm seus significados individuais. Não há um novo significado que exija o uso do hífen.
Além disso, “mão” e “obra” são palavras independentes que não precisam ser ligadas por um hífen para fazer sentido. Ficou claro agora, concurseiro?
O Novo Acordo Ortográfico simplificou muitas regras, inclusive sobre o uso do hífen. O objetivo foi tornar a escrita mais simples e unificar a ortografia nos países que falam português.
E uma das mudanças foi a eliminação desse sinal gráfico em muitas expressões onde ele era usado anteriormente.
Exemplos
Para te ajudar a entender melhor, vamos ver alguns exemplos de uso correto do hífen:
- Guarda-chuva;
- Beira-mar;
- Beija-flor;
- Couve-flor;
- Quarta-feira;
- Abaixo-assinado;
- Pé-de-meia;
- Vice-presidente;
- Água-de-colônia;
- Decreto-lei.
Expressões que não usam hífen:
- Fim de semana (e não “fim-de-semana”);
- Sala de aula (e não “sala-de-aula”);
- Pé de moleque (e não “pé-de-moleque”);
- Microrganismo (e não “micro-organismo”);
- Microrregião (e não “micro-região”);
- Cardiorrespiratório (e não “cardio-respiratório”);
- Minissaia (e não “mini-saia”);
- Sociocultural (e não “sócio-cultural”);
- Socioeconômico (e não “sócio-econômico”).
Escrever corretamente é importante porque a ortografia correta facilita a comunicação e evita mal-entendidos. Quando todos seguem as mesmas regras, fica mais fácil entender e ser entendido.
Além disso, a grafia certa mostra cuidado e atenção com a Língua Portuguesa, o que é sempre um ponto positivo, seja na redação de um concurso, em textos acadêmicos ou profissionais.
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