Bolívia, ou Estado Plurinacional da Bolívia, é um país sul-americano localizado na região conhecida como América Andina. O território boliviano é constituído por uma variedade de paisagens naturais marcadas pela presença da cordilheira dos Andes e do Altiplano, assim como de florestas e estepes, a depender da variabilidade do clima. Rico em recursos naturais, como gás natural e petróleo, sua população enfrenta um elevado índice de pobreza e desigualdade que o coloca entre os mais pobres países da América do Sul.
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Resumo sobre Bolívia
É um país da América do Sul localizado na região central do continente.
Possui duas capitais: Sucre e La Paz.
Apresenta climas variados que dependem sobretudo do relevo, caracterizado pela presença da cordilheira dos Andes e do Altiplano.
Compartilha diversos rios com o Brasil, com destaque para o Madeira e o Paraguai.
Sua população é de 11.833.000 habitantes, 70,8% dos quais vivem nas cidades.
La Paz é sua cidade mais populosa.
A exploração e a comercialização de combustíveis fósseis, sobretudo o gás natural, constituem sua base da economia.
É um dos países mais pobres da América do Sul, enfrentando grande desigualdade socieconômica e problemas estruturais.
Conquistou a sua independência no ano de 1825.
Apresenta grande pluralidade étnica e cultural.
Dados gerais da Bolívia
Nome oficial: Estado Plurinacional da Bolívia
Gentílico: boliviano
Extensão territorial: 1.098.581 km²
Localização: América do Sul
Capital: Sucre (constitucional) e La Paz (administrativa)
Clima: tropical úmido e temperado
Governo: república presidencialista
Divisão administrativa: nove departamentos
Idioma: espanhol, quíchua, aimará, guarani
Religiões:
População: 11.833.000 habitantes (ONU, 2021)
Densidade demográfica: 10,9 hab./km²
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,718
Moeda: Boliviano
Produto Interno Bruto (PIB): US$ 41,03 bilhões (FMI, 2022)
PIB per capita: US$ 3430
Gini: 0,422
Fuso horário: GMT–4
Geografia da Bolívia
A Bolívia é um país latino-americano localizado na região central da América do Sul. Existem nela duas cidades consideradas suas capitais: Sucre e La Paz. Sucre, capital constitucional, foi a primeira sede do governo boliviano e abriga hoje o poder Judiciário, enquanto a cidade de La Paz concentra a sede dos poderes Executivo e Legislativo, correspondendo, portanto, à capital administrativa do país.
Sem saída para o oceano Pacífico, o território boliviano se estende por 1.098.581 km² e estabelece fronteira com os seguintes países:
Diversas ocorrências climáticas são identificadas na Bolívia, desde climas tropicais úmidos, no norte, até o semiárido frio, nas regiões mais elevadas a oeste.
As áreas de clima tropical registram temperaturas médias de 27 ºC e volumes de chuva que variam entre 1350 mm e 1800 mm anuais. Onde as condições são mais amenas e frias, os termômetros marcam entre 7 ºC e 16 ºC, e as chuvas tendem a ser mais escassas nas maiores elevações e volumosas no sul do país, onde concentram 1000 mm.
O relevo da Bolívia é caracterizado pelas cadeias montanhosas que fazem parte da cordilheira dos Andes, a oeste, pelas terras planas, ao norte, que pertencem à planície amazônica, e, por fim, pela região denominada Altiplano, formada por terrenos elevados planos e colinosos. O país se situa a uma altitude de 1192 metros acima do nível do mar.
A rede hidrográfica da Bolívia é composta por um extenso conjunto de rios e lagos. Os principais cursos d’água que banham o país são os rios Madeira, Mamoré, Guaporé, que também percorrem o território brasileiro, e Paraguai, compartilhado com Brasil, Paraguai e Argentina.
Dos lagos se destaca o Titicaca, compartilhado com o Peru, considerado o maior lago da América do Sul, com 8 mil km² de área.
Demografia da Bolívia
A Bolívia possui atualmente 11.833.000 habitantes, sendo assim o oitavo país mais populoso da América do Sul, além de ficar na 79ª colocação em escala mundial. A maior parte dos bolivianos vive no oeste da região planáltica conhecida como Altiplano, embora haja ainda uma parcela da população que habita os Andes.
A taxa de urbanização da Bolívia é de 70,8%, o que nos indica que a maioria de sua população vive nas cidades. A mais populosa delas é La Paz, capital administrativa, onde vive 1,9 milhão de pessoas. Outras grandes cidades bolivianas são Santa Cruz, com 1,7 milhão de habitantes, Cochabamba, com 1,3 milhão, e Sucre, a capital constitucional, com 277.900 habitantes.
Devido à alta taxa de natalidade, três vezes maior do que a mortalidade, a população da Bolívia continua crescendo a uma velocidade de 1,12% ao ano. Em contrapartida, é grande também o número de pessoas que deixa o país em busca de melhores condições de vida e oportunidades de trabalho, emigrando principalmente para outras nações sul-americanas. Destaca-se ainda que a Bolívia apresenta população jovem, com idade mediana de 25,3 anos. A expectativa de vida no país é de 72,5 anos.
Economia da Bolívia
A agropecuária responde por 13,8% do PIB boliviano. Entre os principais gêneros alimentícios e commodities produzidas, estão soja, cana-de-açúcar, batata, milho, arroz e banana.
O turismo é uma importante atividade econômica para a Bolívia. O país recebe anualmente mais de 1 milhão de visitantes, número que praticamente dobrou na última década, de acordo com dados da ONU.
A Bolívia dispõe de uma enorme biodiversidade e formações naturais que atraem turistas de todo o mundo. Dentre essas paisagens naturais, podemos citar as montanhas dos Andes, o Salar de Uyni — uma enorme superfície considerada o maior deserto de sal do mundo —, e os grandes lagos salgados, como a Laguna Colorada, na fronteira com o Chile. Monumentos históricos, museus e outros elementos da paisagem cultural, como as construções deixadas pelos incas na cidade de Copacabana, são também pontos de visitação.
Infraestrutura da Bolívia
Com a maioria de sua população vivendo nas áreas urbanizadas, a Bolívia enfrenta alguns problemas estruturais observados também em outros países emergentes que passaram por processos semelhantes de urbanização. Um desses problemas é o acesso ao saneamento básico, cuja cobertura atual é de 60% da população das cidades, de acordo com dados das Nações Unidas.
Constitui outro problema estrutural o fato de 80,7 mil km, de um total de 90,5 mil km de estradas, não estarem pavimentados, ainda que esse seja o principal meio de deslocamento na Bolívia. O país dispõe também de uma densa rede de gasodutos e oleodutos, responsáveis pela distribuição dos combustíveis pelo país e regiões vizinhas, além das ferrovias, dos aeroportos e dos 10 mil km de hidrovias. Destaca-se ainda a matriz energética da Bolívia, formada principalmente por combustíveis fósseis (76%), hidrelétricas (18%) e outras fontes renováveis (7%).
Governo da Bolívia
O sistema de governo vigente na Bolívia é o republicano presidencialista, no qual o presidente da república exerce as funções de chefe de Estado e chefe de governo. Ele é eleito com o vice-presidente para exercerem um mandato de cinco anos, com direito à reeleição.
A Assembleia Legislativa Plurinacional corresponde ao órgão do poder Legislativo da Bolívia. É constituída por duas câmaras, a dos Senadores e a dos Deputados, formadas, respectivamente, por 36 e 130 assentos. A sede de ambas as instâncias, Executiva e Legislativa, fica na cidade de La Paz.
Etimologia da Bolívia
O nome Bolívia é derivado de Simón Bolívar (1783-1830), militar de origem venezuelana que atuou na luta pela independência de diversos países sul-americanos, entre os quais se encontra a Bolívia. O nome foi atribuído ao país e aprovado oficialmente no ano de 1825, alguns meses após a sua independência.
História da Bolívia
Desde muito antes da chegada dos europeus ao continente americano, o território que hoje corresponde à Bolívia já era habitado pelas populações indígenas, a maioria delas vivendo na região dos Andes. No período Pré-Colombiano, a região montanhosa da Bolívia correspondia ao domínio do Império Tiwanaku, que prosperou na América Andina entre os séculos IV e X da era comum. Essa mesma área, posteriormente, foi incorporada ao Império Inca, uma das mais importantes organizações político territoriais do Pré-Colombiano.
O século XVI foi marcado pela chegada dos colonizadores espanhóis à Bolívia, onde constituíram colônias de exploração, interessados nos metais preciosos disponíveis no país, sobretudo a prata. O país permaneceu sob domínio estrangeiro por quase três séculos, até o início da sua luta pela independência, na primeira metade do século XIX.
Todo o processo ocorreu entre 1809 e 1825, recebendo, em certo ponto, o auxílio do revolucionário Simón Bolívar. A independência boliviana foi decretada em 06 de agosto de 1825, mediante a adoção de uma nova Carta Magna e a mudança de nome, adquirindo sua atual denominação.
Um longo período de instabilidade política se instalou na Bolívia durante boa parte do século XX, enfrentando inclusive diversos governos militares, que constituíram o regime ditatorial boliviano, estendendo-se de 1964 a 1982.
A democracia foi retomada no país somente após o ano de 1982, com a restauração do sistema eleitoral e da escolha direta dos líderes. No ano de 2005, a Bolívia ficou marcada pela eleição do seu primeiro presidente de origem indígena, Evo Morales, que governou o país até 2019, quando assumiu então um governo interino após alegações de fraude eleitoral até a realização de novo pleito, um ano mais tarde.
Cultura da Bolívia
A Bolívia é um país de enorme riqueza cultural, derivada dos mais de 30 grupos étnicos bem como de descendentes de espanhóis e pessoas oriundas de outros países latino-americanos. Além do espanhol, três outros idiomas nativos são considerados língua oficial da Bolívia: quichuá, aimará e guarani. Ao todo, no entanto, existem mais de 37 línguas faladas no território boliviano. Em se tratando de religião, o catolicismo é a fé predominante entre a população do país, praticada por uma parcela de 70%.
Sua cultura é permeada por costumes e tradições originários dos povos andinos e também europeus, refletindo-se na arte, na arquitetura (com o estilo barroco mestizo), nos ritos religiosos e na alimentação. É importante notar, no entanto, que cada grupo étnico dispõe de seus costumes e manifestações culturais particulares, o que torna a cultura boliviana tão plural.
Muitos desses grupos apresentam vestimentas típicas que reforçam a sua identidade cultural e são um símbolo de resistência, como é o caso das cholas, que utilizam uma saia, xales coloridos e chapéu-coco sobre os cabelos presos em tranças.
Curiosidades sobre a Bolívia
O ponto culminante da Bolívia fica em um vulcão extinto chamado Nevado Sajama, a 6542 metros acima do nível do mar.
A Bolívia é um dos dois únicos países da América do Sul sem saída para o mar.
La Paz é a capital mais alta do mundo.
Pessoas com fantasias de zebras ajudam as crianças a atravessarem a rua na Bolívia, ensinando-as como fazer a travessia em segurança.
A lhama é o animal nacional da Bolívia.