Sociedade de massa. O que é sociedade de massa?

Conceito de sociedade de massa

Sendo um termo mais frequentemente utilizado no meio acadêmico, falamos em “sociedade de massa” quando nos referimos a uma forma de organização social específica e bastante recente. Trata-se de sociedades em que a grande maioria da população encontra-se inserida em um processo de produção e consumo em larga escala de bens de consumo e serviços, além de estar em conformidade com determinado modelo de comportamento generalizado.

A sociedade de massa surgiu em um momento tardio no processo de modernização. O desenvolvimento econômico resultante do rápido processo de industrialização com foco na produção de bens de consumo em massa, bem como o rápido crescimento do setor de serviços, foi uma das forças motivadoras para esse tipo de organização. O processo de urbanização e a concentração da população nas grandes cidades, tornando-as centro do universo social, impactaram o formato das relações entre sujeito, mundo social e instituições do Estado.

A burocratização do meio social e a formalização das relações entre indivíduo e órgãos institucionais, prevalecendo a racionalidade formal como ferramenta de mediação desse vínculo, enfraqueceu as formas de ações individuais, uma vez que o sujeito está sempre submetido ao julgamento de uma entidade maior e fundamentada no agregado de forças do conjunto social.



As grandes populações das metrópoles constituem-se como sociedades de massas

O sujeito da sociedade de massa

De maneira mais sucinta, a sociedade de massa é a culminação de todo um longo caminho de mudanças percorrido pelas formas de estruturação social no decorrer da modernização do mundo ocidental, o que pressupõe um aumento progressivo do engajamento político, social e cultural das grandes massas das populações.

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Nesse contexto, o indivíduo também tem suas predisposições de comportamento e posicionamento em relação ao seu convívio nessa realidade, fatores influenciados pelas dinâmicas que se estabelecem.

Outro autor que também se interessou pelo sujeito na sociedade de massa foi o teórico social francês Michel Foucault, que, em sua obra “Vigiar e punir”, buscou lançar luz sobre as formas de controle sobre o sujeito verificadas nas diferentes instituições disciplinares de uma sociedade. Entre escolas, prisões, hospitais e quartéis, Foucault desenvolveu a noção de controle punitivo como forma de assegurar a conivência com as convenções estipuladas pelo meio social em que vive o sujeito.

A ideia do Panóptico é central na teoria foucaultiana. Em resumo, refere-se à noção de um processo de construção da internalização da vigilância do próprio comportamento. Essa internalização acontece por meio do processo disciplinar pelo qual cada sujeito passa em instituições diferentes e em momentos diferentes de sua vida. A ideia é que o sujeito torne-se vigia de suas próprias ações, mesmo que não esteja sob o olhar vigilante de um policial ou um professor, por exemplo. Nesse sentido, o indivíduo deve conformar-se e tornar-se útil ao contexto social, ser submisso e passivo em sua relação com o conjunto em que habita.

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