Petróleo é um combustível fóssil que corresponde a uma substância oleosa cuja densidade é inferior à da água e é inflamável. É considerado um dos principais recursos naturais utilizados como fonte de energia da atualidade.
O petróleo, apesar de já ser conhecido anteriormente, passou a ser explorado em meados do século XIX e utilizado em larga escala a partir da criação dos motores movidos a gasolina ou a óleo diesel. Na década de 70, o petróleo representava o carro chefe da economia, correspondendo a quase 50% do consumo mundial de energia e mesmo que atualmente seu uso esteja dando lugar a fontes alternativas de energia, ainda é uma das fontes de energia mais utilizadas no mundo.
Confira no nosso podcast: Geopolítica do petróleo
Tópicos deste artigo
Origem do petróleo
O petróleo é originado a partir da decomposição de matéria orgânica, especialmente, dos plânctons. As bactérias em ambientes com baixo teor de oxigênio realizam a atividade de decomposição que acaba por se acumular em camadas do subsolo que se encontram em bacias sedimentares, no assoalho oceânico, no fundo dos mares ou de lagos e sob condições específicas de pressão. Ao longo dos anos, esses depósitos sofrem diversas modificações até se transformarem no que corresponde à substância oleosa, o petróleo.
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Composição do petróleo
Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o petróleo constitui uma mistura de hidrocarbonetos (moléculas de carbono e hidrogênio) que se encontram em estado líquido (em temperatura e pressão ambientes). É constituído também por compostos sulfurados, nitrogenados, oxigenados, resinas, asfaltenos e metálicos como ferro, cobre e zinco.
O DNPM classifica o petróleo segundo os subprodutos gerados após o refino:
Classe parafínica
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Corresponde aos óleos leves e de baixa viscosidade. O teor de resina e asfalteno é inferior a 10%.
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Classe parafino-naftênica
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Corresponde aos óleos com viscosidade e densidade moderada. O teor de resina e asfalteno é de 5 a 15%.
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Classe naftênica
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Corresponde aos óleos menos representativos em relação ao volume total de petróleo. Sua origem está relacionada à alteração bioquímica dos óleos parafínicos e parafino-naftênicos.
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Classe aromática intermediária
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Corresponde aos óleos pesados. O teor de resina e asfalteno é de 10 a 30%. Esse normalmente é encontrado no Oriente Médio e na Venezuela.
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Classe aromático-naftênica
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Corresponde aos óleos originados a partir dos processos de degradação de óleos parafínicos. O teor de resina e asfalteno é de mais de 35%. Geralmente encontrados na África Ocidental.
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Classe aromático-asfáltica
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Corresponde aos óleos originados a partir dos processos de biodegradação. O teor de resina e asfalteno é de mais de 35%. Pode ser encontrado no Canadá, Venezuela e na França.
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De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição química do petróleo, no que tange à proporção de seus componentes, seria, de forma geral (podendo variar dependendo da amostra):
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Carbono: 82%
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Hidrogênio: 12%
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Nitrogênio: 4%
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Oxigênio: 1%
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Sais: 0,5%
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Metais: 0,5%
Mapa Mental: Petróleo
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História do petróleo
Acredita-se que o uso do petróleo esteja datado desde os primórdios da civilização. Povos do Oriente Médio, Egito, Mesopotâmia, da China já haviam tido contato com o combustível fóssil e o utilizado nas formas de betume, asfalto para pavimentação de estradas, iluminação, lubrificação, fins bélicos.
A indústria petrolífera surgiu em meados do século XIX, quando foi desenvolvido o processo de refinação do óleo na Escócia. O Azerbaidjão era, nesse período, o maior produtor de petróleo, sua produção correspondia a mais de 50% da produção mundial. No continente americano, o petróleo foi primeiramente encontrado no Canadá. No ano de 1859, iniciou-se a produção nos Estados Unidos por meio de um poço de aproximadamente 21 metros perfurado na Pensilvânia.
Em 1960, foi criada a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), composta por países que representam cerca de 25% das reservas mundiais de petróleo. O intuito da organização é de fortalecer os países produtores de petróleo perante o mercado consumidor, restringindo a oferta do óleo no mercado, bem como impulsionando os preços no mercado internacional.
Em território brasileiro, o petróleo foi encontrado em 1939, no estado da Bahia, e, após dois anos, encontrou-se um depósito que apresentava viabilidade econômica para extração, no mesmo estado. No ano de 1954, a Petrobras institui o monopólio estatal, passando a explorar o petróleo nacional.
Em 2006, a Petrobras anunciou a existência do pré-sal brasileiro, um campo petrolífero encontrado abaixo de uma espessa camada de sal. A exploração da reserva iniciou-se de fato em 2010. Para saber mais sobre o Pré-sal brasileiro, clique aqui.
Leia também: Petróleo no Brasil
Para que serve o petróleo?
O petróleo, fonte de energia essencial para manutenção da sociedade, é utilizado também como matéria-prima, segundo a DNPM, para a fabricação de plásticos, borrachas sintéticas, tintas, solventes, produtos cosméticos, entre outros.
→ Derivados do petróleo
Os derivados do petróleo são obtidos a partir do que chamam de refino. O petróleo não sai dos reservatórios prontos para serem comercializados, precisando, então, passar por um processo de melhoramento a fim de atender às especificações do mercado. O refino é feito por meio de processos químicos, como o craqueamento, reforma, alquilação, hidrotratamento, entre outros.
Segundo a ANP, podem ser obtidos a partir do petróleo:
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Gás de petróleo: usado para aquecimento e na indústria
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Gás liquefeito de petróleo: usado na cozinha
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Nafta: matéria-prima para a indústria petroquímica e também transformado em gasolina
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Gasolina: utilizada como combustível
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Querosene: usado como combustível para turbinas a jato
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Óleo diesel: usado especialmente em transporte rodoviário, aquaviário e também nas termoelétricas
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Óleo combustível: utilizado como fonte de calor na indústria
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Resíduos: são produtos utilizados como material para fabricar outros produtos (coque, asfalto, ceras)
Obtenção do petróleo
O petróleo pode ser encontrado em bacias sedimentares, que normalmente se encontram em depósitos distantes da superfície. Sendo assim, o processo de obtenção do óleo demanda equipamentos específicos e tecnologias aplicadas.
Esses instrumentos possibilitam a perfuração da rocha ao exercer pressão sobre ela fazendo com que o petróleo ascenda à superfície. Essa extração deve ser planejada e estudada, visto que a dificuldade encontrada na perfuração, muitas vezes, torna o processo inviável e nada vantajoso economicamente.
O processo de extração do petróleo é feito mediante três etapas básicas:
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Prospecção: representa a etapa de localização dos depósitos em bacias sedimentares a partir de análises e observações do subsolo na região.
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Perfuração: Os depósitos, ao serem encontrados, são marcados e, posteriormente, perfurados a fim de se analisar a viabilidade econômica da extração.
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Para saber mais sobre o processo de extração do petróleo, clique aqui.
Países com as maiores reservas de petróleo
Segundo a OPEP, no ano de 2018, o mundo consumiu petróleo como nunca antes: cerca de 98,82 milhões de barris por dia. Os países com as maiores reservas mundiais são, segundo dados da Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA):
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Venezuela: 300,9 bilhões de barris
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Arábia Saudita: 266,5 bilhões de barris
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Canadá: 169,7 bilhões de barris
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Irã: 158,4 bilhões de barris
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Iraque: 142,5 bilhões de barris
No ranking, os Estados Unidos encontram-se na 11º posição, com 36,5 bilhões de barris, e o Brasil na 15º posição, com 12,7 bilhões.
Créditos de imagem
*Mapa Mental por Me. Diogo Lopes