Os modal verbs, em inglês, acompanham os verbos principais para expressar uma ideia particular. Eles possuem mais uma função de transmitir uma ideia pragmática do que nos indicar algum aspecto gramatical |1|. Aprender o uso dos modal verbs significa prestar atenção no sentido que lhes são atribuídos. Existem diferentes tipos de modal verbs, por exemplo: can, may, might, shall, must, have to, could, ought to, should, entre outros.
Tendo uma função social, os modal verbs são usados quando queremos exprimir sobre alguma coisa a ideia de que algo é possível ou necessário. Usa-se também para falar que algo é permitido ou proibido, de uma habilidade ou uma capacidade, de um conselho ou de uma sugestão. Nos próximas tópicos, exploraremos alguns desses aspectos, a estrutura dos verbos modais e o uso mais adequado para cada um. Vamos lá!
Tópicos deste artigo
- 1 – Características dos modal verbs
- 2 – Quando e como usar os modal verbs?
- Probabilidade (could, may, might, must, can’t)
- Permissão ou solicitação respeitosa (may, can, could, would)
- Obrigação, necessidade, proibição (have to, must)
- Conselho (should, ought to)
- 3 – Exercícios resolvidos
Características dos modal verbs
Nesse exemplo, can é o verbo modal, e fly, o verbo principal, que se apresenta na sua forma-base, isto é, no infinitivo, sem a preposição to.
Diferentemente dos outros verbos, os verbos modais não são flexionados nem quanto ao tempo verbal nem quanto à pessoa, com exceção do verbo have to.
Isso se repete em todas as outras pessoas do discurso.
Nas duas frases, temos a presença de um verbo modal: can (poder) e may (poder/ter permissão). Embora no português eles tenham o mesmo sentido, eles apontam para intenções diferentes em inglês. Nas duas frases, os verbos modais referem-se a pedir permissão. No entanto, o verbo may é mais formal e mais polido do que o can. O verbo can, que também indica pedir permissão, tem uma forma mais direta.
Sabendo disso, é muito comum que os aprendizes de língua inglesa questionem-se: Como saberei qual verbo modal utilizar e em qual situação? Não se preocupe, nos próximas tópicos, abordaremos justamente essas pequenas diferenças de intenção no inglês.
Quando e como usar os modal verbs?
Neste tópico, explicamos o uso dos verbos modais de acordo com a semântica que eles possuem, por meio de exemplos que possibilitem a compreensão da intenção ou do sentimento que se quer expressar em uma determinada situação.
Probabilidade (could, may, might, must, can’t)
Usados no passado, no presente e no futuro, esses verbos modais demonstram os graus de certeza que queremos expressar, variando entre certeza absoluta (must, can’t), quando temos algum tipo de evidência, e incerteza total (could, may e might). A diferença entre must e can’t está na certeza afirmativa e negativa.
Usa-se o must para falar que algo é bem provável (certeza afirmativa) e o can’t para algo muito improvável (certeza negativa). Para falar sobre algo no passado, utiliza-se o verbo modal + have + verbo no particípio passado. Veja os exemplos:
Uncertain
Certain
*Certeza no passado = modal + have + particípio passado.
*Incerteza no passado = modal + have + particípio passado.
Permissão ou solicitação respeitosa (may, can, could, would)
Os quatro verbos modais may, can, could, would são utilizados no presente e no futuro. Quando pedimos algo com o can, significa que estamos sendo mais informais, porque conhecemos a outra pessoa. Além disso, podemos dizer que o can é mais comum no dia a dia. Para ser mais educado e mais formal, utilizamos could/may/would.
Lembre-se de que o verbo modal may só pode ser usado com a primeira pessoa do singular e a primeira pessoa do plural (I/WE). Já para negar uma permissão, devemos usar may not or can’t. Observe os exemplos:
Polite Request
Permission
Obrigação, necessidade, proibição (have to, must)
Quando queremos expressar uma obrigação, utilizamos os verbos modais must e have to. Lembre-se de que o have to é flexionado segundo a pessoa. Se algo é proibido, devemos utilizar mustn’t. Para algo que não é necessário, utilizamos don’t have to. A estrutura have to também é utilizada no passado. Observe os exemplos:
Obrigação/Necessidade
Proibição
*Ele não precisa repetir, só se ele quiser.
*Passado = had to.
Conselho (should, ought to)
Para oferecer conselhos ou dar sugestões a outras pessoas, use sempre should/shouldn’t ou ought to/ought not to. Ambos os verbos modais têm o mesmo sentido. No entanto, alguns gramáticos consideram ought to mais formal. O must, como nós vimos em obrigações, até pode ser usado, mas teria um sentido mais forte.
Advice
Leia também: Qual é a diferença entre to e for?
Exercícios resolvidos
Questão 1
Escolha a alternativa mais apropriada:
TEACHER: Must/Could we start?
STUDENT: Yes! Teacher, could/might you explain the Project, please?
TEACHER: Of course!
STUDENT: Well, what should/will I do first?
TEACHER: In the first place, you should/shouldn’t choose a topic. Green energy sources, for example.
STUDENT: OK! What’s the next step?
TEACHER: You can/can’t do research about it using the PDF files I sent in your email.
STUDENT: Right! May/Must I ask you a final question?
STUDENT: Could/Will I send you this project in the end of the next month?
TEACHER: I am afraid, but you can/can’t. Students must/mustn’t finish it until the end of this month.
Resolução:
TEACHER: Could (pedido formal) we start?
STUDENT: Yes! Teacher, could (pedido formal) you explain the project, please?
TEACHER: Of course!
STUDENT: Well, what should (aconselhamento) I do first?
TEACHER: In the first place, you should (aconselhamento) choose a topic. Green energy sources, for example.
STUDENT: OK! What’s the next step?
TEACHER: You can (permissão) do research about it using the PDF files I sent in your email.
STUDENT: Right! May (pedido formal) I ask you a final question?
TEACHER: Yes, sure.
STUDENT: Could (permissão) I send you this project in the end of the next month?
TEACHER: I am afraid, but you can (proibição). Students must (obrigação/dever) finish it until the end of this month.
Notas:
|1| DECAPUA, A.. Grammar for Teachers: A Guide to American English for Native and Non-Native Speakers. Springer: New York, 2008.