Característico do antigo Império Otomano, o harém era a parte do palácio do sultão destinado às mulheres que o serviam. Entre elas, estavam suas esposas, mãe, filhas e escravas, ou concubinas, que eram responsáveis por cuidar das tarefas domésticas do palácio. A origem dos haréns vem da construção cultural histórica do império otomano, que dependia da mão de obra escrava e enxergava no concubinato, ou na tomada de mulheres como escravas sexuais, uma forma de garantir a continuação da linhagem sem se preocupar com possíveis traições ou intrigas que poderiam formar-se em torno das famílias de suas esposas originais.
Concubinas e odaliscas eram os nomes dados às mulheres que faziam parte dos haréns. Entretanto, enquanto as odaliscas, ou “mulheres da corte”, eram escravas, geralmente prisioneiras de guerra ou jovens que se entregavam ao palácio na esperança de viver no luxo e no conforto, as concubinas eram mulheres consideradas extremamente belas, educadas, treinadas nas artes de recitação de poesias e com habilidades musicais. Estas eram geralmente dadas como presente ou oferta ao sultão.
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Tópicos deste artigo
A hierarquia de um harém
As mulheres mais poderosas do harém eram a Valide e as Kadins. Sendo reconhecida como a anciã do império, a Valide era comumente consultada por ministros e chefes religiosos quando estes acreditavam que as decisões do sultão eram equivocadas. A Valide era vista também como a responsável pela criação e educação do futuro sultão, seu filho, que governaria todo o império um dia. As Kadins, por sua vez, eram as quatro mulheres favoritas do sultão. Possuíam o mesmo status que a esposa oficial e desfrutavam de grande luxo, como casa, joias, escravos e eunucos sob seu comando.