Existe um número máximo de elementos na tabela periódica?

 

Se você não é um amante da química, provavelmente imagina que a tabela periódica já tem elementos demais e que não há espaço para acrescentar nada.

Mas você já parou para se perguntar se é possível adicionar mais elementos químicos ou se há um número máximo? E ainda: será que todos os elementos já foram descobertos ou ainda há muitos espalhados pelo universo cuja existência desconhecemos?

Nosso habitat é bastante complexo, mas já foi bem mais simples antes de chegarmos aqui. Ao longo do tempo, novos elementos químicos foram sendo descobertos e passaram a compor uma das estrelas das aulas de química: a tabela periódica.

Apesar dos desafios que a tabela periódica pode apresentar para quem não tem uma boa relação com a química, há muito estudo por trás dela para a descoberta de novos componentes.

Desde 2010, por exemplo, todo o sétimo período já foi preenchido. Todavia, o oitavo período ainda precisa ser iniciado.

Mas, afinal, existe um número limite de elementos químicos na tabela periódica? A resposta para essa pergunta é um pouco complexa. Entenda neste artigo:

A tabela periódica

Atualmente, a tabela periódica é composta por 118 elementos que são organizados em ordem crescente (de acordo com seu número atômico) e pelas suas propriedades.

Ao longo dos anos, a tabela ganhou novos elementos, que já haviam sido previstos e precisaram ser comprovados.

Mas, para entender o questionamento principal deste artigo, é importante retomarmos alguns conceitos básicos da química.

Primeiro, os elementos químicos são definidos pelo seu número atômico, que é igual à sua contagem de prótons. Dessa forma, cada próton significa o aumento de uma unidade no número atômico.

Vale lembrar que um átomo é composto por prótons, que têm carga positiva, elétrons, que têm carga negativa, e nêutrons, que, como o próprio nome já diz, são neutros.

Outro conceito importante é que os opostos se atraem, enquanto os semelhantes se repelem. Portanto, prótons e elétrons se aproximam.

Nesse sentido, se aumentarmos a carga nuclear do elemento, também elevamos a força de atração pelos elétrons.

Para não serem “sugados”, os elétrons precisam se movimentar rapidamente. Isso significa que aumentar o número atômico implica na elevação da velocidade dos elétrons.

Há limite de elementos na tabela periódica?

Se o aumento do número atômico implica na velocidade dos elétrons, é importante entender que há um limite de velocidade no mundo, uma vez que nada pode se mover mais rápido do que a luz.

Isso sugere que deve haver um número limite de número atômico. Por exemplo, até o momento, o maior valor entre os elementos naturais, ou seja, aqueles que podem ser encontrados na natureza, é do Urânio, que tem 92.

No entanto, a partir de 1940, os cientistas começaram a produzir elementos classificados como artificiais. Neles, é possível encontrar números atômicos maiores que o do Urânio.

Atualmente, o elemento artificial de maior número atômico é o Oganesson, que tem 118.

Vale destacar que, segundo um estudo, o valor máximo da carga do átomo deve ser 137. Essa previsão foi feita considerando o limite de velocidade, que não pode ser maior que a da luz.

Também é importante entender que as descobertas demoram a ser oficializadas. Por exemplo, o Flevório foi criado por cientistas na Rússia, em 1999. Mas foi só em 2012 que ele foi oficializado e seu nome provisório foi substituído.

Dessa forma, podemos esperar que outros elementos químicos ainda estejam em fase de descoberta e que não há um limite quanto à quantidade na tabela periódica.

Então sim, não é impossível que a tabela periódica ainda cresça. O que precisamos ter em mente é que a velocidade não pode ser maior que a da luz. Por isso, a ciência acredita que o número atômico não pode passar de 137.

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