A independência do Brasil aconteceu em 1822, tendo como grande marco o grito da independência que foi realizado por Pedro de Alcântara (D. Pedro I durante o Primeiro Reinado), às margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822. Com a independência do Brasil declarada, o país transformou-se em uma monarquia com a coroação de D. Pedro I.
Tópicos deste artigo
Resumo sobre a independência do Brasil
-
Durante o Período Joanino, medidas modernizadoras foram implantadas no Brasil.
-
Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido e, assim, o Brasil deixou de ser colônia.
-
-
-
As cortes portuguesas exigiam a revogação das medidas implantadas no Brasil e o retorno do príncipe regente.
-
Durante o “Dia do Fico”, D. Pedro declarou que permaneceria no Brasil.
-
No “Cumpra-se”, determinou-se que as ordens portuguesas só seriam cumpridas no Brasil com o aval de D. Pedro.
-
O grito da independência – se de fato tiver acontecido – ocorreu nas margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822.
-
Em 12 de outubro de 1822, D. Pedro foi aclamado imperador e no dia 1º de dezembro de 1822 ele foi coroado D. Pedro I.
-
Houve conflitos após a declaração de independência, na Bahia, no Pará, no Maranhão e na Cisplatina.
Causas da independência do Brasil
Instalado no Rio de Janeiro, o rei português autorizou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, permitiu o comércio entre os brasileiros e os ingleses como medidas de destaque no âmbito econômico.
Outras medidas de destaque são destacadas pelo jornalista Chico Castro:
“Tomou providências, um ano após a sua chegada, para que houvesse interesse pela educação e literatura brasileiras no ensino público, abrindo vagas para professores. Instalou na Bahia uma loteria para arrecadar fundos em favor da conclusão das obras do teatro da cidade; mandou estabelecer em Pernambuco a cadeira de Cálculo Integral, Mecânica e Hidromecânica e um curso de Matemática para os estudantes de Artilharia e Engenharia da capitania; isentou do pagamento de direitos de entrada em alfândegas brasileiras de matérias-primas a serem manufaturadas em qualquer província e criou, pela primeira vez no país, um curso regular de língua inglesa na Academia Militar do Rio de Janeiro”|1|.
Não pare agora… Tem mais depois da publicidade 😉
A presença da família real no Brasil havia proporcionado grandes avanços, mas, ainda assim, demonstrações de insatisfação aconteceram por meio da Revolução Pernambucana de 1817. A mudança da família real para o Brasil havia resultado em grande aumento de impostos e interferido diretamente na administração da capitania.
Processo de independência do Brasil
Na ocasião, D. Pedro I estava sofrendo de problemas intestinais (que não se sabe sua origem específica). O príncipe regente leu todas as notícias e ratificou a ordem de independência com um grito às margens do Rio Ipiranga, conforme registrado na história oficial. Atualmente, os historiadores não têm evidências que comprovem o grito do Ipiranga.
O 7 de setembro não encerrou o processo de independência do Brasil. Esse processo seguiu-se com uma guerra de independência e nos meses seguintes acontecimentos importantes aconteceram, como a Aclamação de D. Pedro como imperador do Brasil, no dia 12 de outubro, e sua coroação que aconteceu no dia 1º de dezembro.
Guerra de independência do Brasil
Os quatro grandes centros da resistência contra a independência do Brasil aconteceram nas seguintes províncias:
Aconteceram campanhas militares nessas localidades, e os combates contra as forças que não aderiram à independência estenderam-se até 1824. Para saber mais sobre, leia este texto: Guerra de independência do Brasil.
Consequências da independência do Brasil
Entre as consequências do processo de independência do Brasil, podem ser mencionados:
-
surgimento do Brasil enquanto nação independente;
-
construção da nacionalidade “brasileira”;
-
estabelecimento de uma monarquia nas Américas (a única no continente junto da haitiana e mexicana);
-
endividamento do Brasil por meio de um pagamento de 2 milhões de libras como indenização aos portugueses.
Notas
|1| CASTRO, Chico. A Noite das Garrafadas. Brasília: Senado Federal, 2013, p. 33 e 34.
|2| SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 189.
|3| Idem, p. 212.
Créditos das imagens
[2] Georgios Kollidas / Shutterstock