Era Kennedy (1960 -1963)

Os desafios dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial colocaram o país mediante uma complexa gama de questões sociais, políticas e econômicas a serem enfrentadas. A construção de uma das maiores potências mundiais passou por obstáculos que se desenvolveram em um mundo marcado por transformações. A Guerra Fria e os direitos civis eram algumas das novas questões que alertavam o “Tio Sam”, no início dos anos de 1960.

Logo após o mandato do general Dwight Eisenhower, os norte-americanos viveram momentos de estagnação econômica e depararam com conflitos políticos internacionais. A ameaça comunista tinha embalado o governo de Eisenhower em gastos exorbitantes na corrida espacial contra a União Soviética. Ao mesmo tempo, as tensões do mundo bipolar ocasionaram grande insegurança à pretensa hegemonia estadunidense no mundo.

Essa preocupação com problemas externos, acabou deixando de lado um vasto conjunto de questões internas a serem resolvidas nos Estados Unidos. A emergência dos problemas nacionais fez com que um jovem e “moderno” político democrata vencesse as eleições de 1960. John Kennedy chegou ao poder interessado em oferecer uma “nova fronteira” para os cidadãos norte-americanos. Suas propostas envolviam a busca por igualdade e justiça social.

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Comparado aos mandatos antecessores, Kennedy marcou sua administração pela adoção de leis que ampliavam direitos sociais e promoviam a integração racial. O caráter transformador de suas medidas provocou reações extremadas por parte dos setores mais conservadores do país. Ao combater objetivamente a questão racial dos Estados Unidos, Kennedy remexeu em uma questão polêmica não só da política, bem como da cultura norte-americana.

Para contornar os primeiros fracassos de sua política externa, firmou a chamada Aliança para o Progresso, onde enfatizava a ajuda financeira aos países mais pobres da América Latina. Além disso, Kennedy lançou o desafio da ida do homem à Lua, dando continuidade à corrida espacial iniciada durante a Guerra Fria. Em 1962, na Crise dos Mísseis, Kennedy denunciou a existência de ogivas nucleares soviéticas em Cuba. Tal episódio abriu portas para um possível conflito mundial.

As incertezas trazidas pelas tensões militares da ordem bipolar e as ações que lutavam contra o problema racial nos Estados Unidos fizeram com que Kennedy tornasse nome fácil na boca de muitos simpatizantes e opositores. Em 22 de novembro de 1963, durante um desfile na cidade de Dallas, dois tiros tiraram a vida do presidente John Kennedy. Sua morte, até hoje cercada por incertezas, foi atribuída a Lee Oswald.

Mediante a tamanha comoção nacional, a morte do presidente chacoalhou os Estados Unidos, apontando para a inviabilidade de determinadas posições conservadoras. Durante o restante da década de 1960, os direitos civis, a questão racial e a guerra do Vietnã foram assuntos de grande recorrência nos noticiários internacionais e entre os próprios cidadãos estadunidenses.

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